segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Morre último tripulante de avião que bombardeou Hiroshima

No dia 6 de agosto de 1945, Van Kirk, aos 24 anos, participou da missão
 que, segundo os historiadores, foi decisiva para forçar a rendição do Japão
 e pôr fim à Segunda Guerra Mundial
Van Kirk era o último homem com vida dos 12 tripulantes do bombardeiro B-29 "Enola Gay", o primeiro avião a lançar uma bomba atômica: o ataque sobre a cidade de Hiroshima que deixou mais de 100 mil mortos

O ultimo tripulante vivo do avião que lançou a bomba atômica sobre Hiroshima, o oficial de navegação Theodore "Dutch" Van Kirk, morreu na segunda-feira, aos 93 anos, de morte natural em Stone Mountain, no Estado americano da Geórgia, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Van Kirk era o último homem com vida dos 12 tripulantes do bombardeiro B-29 "Enola Gay", o primeiro avião a lançar uma bomba atômica: o ataque sobre a cidade japonesa de Hiroshima que deixou mais de 100 mil mortos.

No dia 6 de agosto de 1945, Van Kirk, aos 24 anos, participou como navegador daquela missão que, segundo os historiadores, foi decisiva para forçar a rendição do Japão e pôr fim à Segunda Guerra Mundial.

Três dias após o primeiro ataque nuclear da história, os Estados Unidos lançaram outra bomba atômica, matando 80 mil pessoas em Nagasaki. No dia 15 de agosto de 1945, o Japão se rendeu e a guerra teve fim.

No 50º aniversário dos bombardeios, Van Kirk comentou em entrevista que, durante a missão, se sentiu "aliviado" no instante após o lançamento. "Apesar de estarmos lá em cima, no ar, e que ninguém no mundo sabia o que tinha acabado de acontecer, sentimos que a guerra tinha acabado ali, que era apenas questão de tempo", disse.

Além disso, defendeu em vários comparecimentos públicos que "é muito difícil falar de moralidade e guerra na mesma frase". "Acho que quando você está em uma guerra, um país deve ter a coragem de fazer o que for necessário para ganhar a guerra com o menor número de vítimas possível", acrescentou.

Fonte: Portal Terra

sábado, 2 de agosto de 2014

Exposição sobre Revolta de Varsóvia resgata capítulo da Segunda Guerra

Outros episódios do conflito fazem ação da resistência polonesa contra os nazistas em 1944 ser às vezes deixada de lado. No entanto, ela é essencial para compreender o país e agora é tema de mostra em Berlim.

Ao lado de um veterano da rebelião de 1944, presidentes
 Joachim Gauck (c) e Bronisław Komorowski (d)

Juntamente com veteranos da rebelião, os presidentes da Alemanha, Joachim Gauck, e da Polônia, Bronisław Komorowski, abriram nesta quarta-feira (30/07), em Berlim, uma exposição dedicada à Revolta de Varsóvia de 1944. A mostra, no museu histórico Topografia do Terror, revela numerosos fatos inéditos sobre um capítulo da Segunda Guerra Mundial insuficientemente conhecido.

O exército de resistência polonês começou o levante contra os ocupadores alemães em 1º de agosto de 1944, visando libertar sua capital, símbolo da independência nacional. Até a capitulação dos revoltosos, três semanas mais tarde, 15 mil deles haviam morrido nos combates, assim como pelo menos 150 mil civis.

Logo após o início do movimento, Adolf Hitler decretara em Berlim "sentença de morte para Varsóvia": todos os seus habitantes deveriam ser mortos, e a cidade, arrasada.

Na Polônia, critica-se que a rebelião teria sido irresponsável e pouco inteligente, um suicídio coletivo. Porém, como observou o presidente alemão na inauguração da mostra, para muitos poloneses ter vencido a impotência foi mais significativo do que a derrota militar.

Deste modo, também depois de 1945, durante o regime soviético – ou o "tempo da não liberdade", como o denominou Gauck – a Revolta de Varsóvia teria sido um "importante ponto de referência para os poloneses oposicionistas" e, por fim, para a vitória do movimento Solidarność (Solidariedade), em 1989.

Gauck afirmou que é "uma virtude lutar, mesmo quando o sucesso é altamente incerto". Pois, em suas palavras, a liberdade é preciosa ao ponto de, se necessário, ser defendida com a própria vida. E essa é a mensagem da Polônia para seus vizinhos europeus, comentou.

O chefe de Estado recordou, ainda, suas próprias vivências: como oposicionista do regime comunista da antiga Alemanha Oriental (RDA), o exemplo polonês de 1989 ajudou-lhe a "encarar um risco, embora o desfecho pacífico do nosso movimento não fosse previsível".

Armia Krajowa(AK) 
Resgate de fatos esquecidos

O polonês Museu da Revolta de Varsóvia organizou a exposição em conjunto com a fundação Topografia do Terror. A pouca distância da Praça de Potsdam, onde ficavam as sedes da Gestapo e da organização paramilitar SS, mais de 60 murais e meia dúzia de cabines multimídia contam a sofrida história recente de Varsóvia.

A história vai de uma metrópole pulsante no começo do século 20, uma cidade sitiada na Segunda Guerra, passando pelos 63 dias do levante e a subsequente destruição, até a reconstrução depois de 1989, quando se tornou uma cidade moderna, com impressionante perfil arquitetônico.

Na opinião de Gauck, "estava mais do que na hora" de uma mostra assim. Pois, primeiramente, na Alemanha o registro dos mais de cinco anos de ocupação da Polônia pelos nazistas costuma ser suplantado por outros eventos.

Em segundo lugar, vê-se em Berlim é uma perspectiva especificamente polonesa, ajudando a entender o papel especial que a rebelião representa naquela sociedade, e por que, para muitos poloneses, liberdade e independência são "tão essenciais, até hoje".

Ânsia de liberdade como herança

Em seu discurso, Joachim Gauck também mencionou o fato de quase não ter havido ajuda de fora, durante a Revolta de Varsóvia. Seu homólogo polonês foi ainda mais explícito: o Exército Vermelho da Rússia e os nazistas alemães foram "aliados em destruir o sonho polonês".

Bronisław Komorowski classificou a mostra em Berlim como "um sinal de honra para os revoltosos". Pois se tratou de uma rebelião de homens livres, e não de um movimento espontâneo, disse. Apesar do terror quotidiano, agia um exército clandestino, o mais forte da Europa, na época, que contava com "a legitimação do povo".

Os sonhos de liberdade da revolta de Varsóvia contra o autoritarismo marcaram as próximas gerações, e esses sonhos foram transmitidos dentro das famílias, afirmou o chefe de Estado, que é parente de um dos líderes do levante, o general Bór-Komorowski. Uma lição tirada desses acontecimentos, prosseguiu, foi a renúncia total à violência pelo movimento Solidarność, em sua luta pela liberdade.

Reconciliação quase milagrosa

Joachim Gauck não deixou de enfatizar que "a persecução penal dos principais responsáveis foi hesitante ou totalmente ausente, na jovem República Federal Alemã". Assim, para ele, é quase um milagre que os dois povos agora sejam "não apenas vizinhos, mas amigos que se gostam".

O político alemão revelou-se comovido por os poloneses terem conseguido perdoar os alemães quando estes mostraram penitência, e que tenham superado o "ódio, ira e desconfiança", quando eles reconheceram sua "culpa e vergonha".

Segundo Komorowski, a Alemanha e a Polônia escrevem, hoje, um novo capítulo de uma "comunidade de destino" positiva. Ele acentuou as relações muito especiais existentes – por exemplo, entre as duas capitais, Varsóvia e Berlim, que "ressuscitaram, ambas, das cinzas, como a Fênix". O presidente polonês disse desejar que o rastro deixado pela atual exposição se eternize.

Fonte: DW

OBS: Esse é um dos assunto que mais me interessa no contexto da 2ªGM, tanto referente ao levante do Gueto, como o levante da cidade propriamente dita.
Sugiro a todos a lerem o livros inicialmente:

O Levante de Varsovia - o Aniquilamento de uma Nação -  Gunther Deschner -
O levante de 44 - A batalha por Varsóvia - Norman Davies

Sendo que o segundo é bem mais denso, com mais informações - é claro, não tirando o mérito do primeiro,  que é ótimo.

No mais,só procurarem nas Tag's sobre Varsóvia,que vão achar bastante informações aqui no blog.